domingo, 29 de julho de 2012

Impactos ambientais gerados pelas hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso

Hidrelétrica de Xingó


       As hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso são importantes, pois têm uma grande participação no abastecimento de energia para a região Nordeste. Porém como quaisquer hidrelétricas geram diversos problemas ambientais na área em que estão situadas, como devastação da flora nativa e extinção de espécies da fauna.
       Para a construção de uma hidrelétrica é necessária a limpeza da área ao redor da represa, destruindo as matas ciliares, habitats de animais e retirando a população ribeirinha que perde sua moradia. Além disso, podem ocorrer alterações na temperatura da água devido à geração de energia e muitos peixes podem não se adaptar. Há ainda o aparecimento de espécies de peixes, desviadas de outras regiões para a da usina, que vão competir com os peixes próprios da área da hidrelétrica por muitas vezes extinguindo tais peixes ou alterando na cadeia alimentar.
   Um exemplo desse fato ocorreu em Alagoas onde várias espécies de peixe estão desaparecendo como: pirá, surubim, niquim e outras que já não existem. O rio está sendo invadido pelo tucunaré, peixe nativo da Região Amazônica espécie carnívora que se alimenta, até, dos próprios filhotes, dotado de uma grande capacidade de reprodução, predador por natureza que está aniquilando com as várias espécies de peixes nativas da região. “Sua presença, no São Francisco, mudou até a culinária típica da região do sertão. Em decorrência, em Piranhas/AL, o surubim e o pitu, naturais da região, viraram raridade, enquanto os pratos servidos com o Tucunaré são oferecidos para todos os gostos. (Gazeta de Alagoas: 2000)”
    Assim também, as hidrelétricas provocam a redução da vazão das águas dos rios e prejudicam principalmente as regiões que têm menor índice pluviométrico, já que diminui a regularidade das chuvas. Essas usinas causam grande estrago em áreas que são planas por provocar um alagamento muito maior, contudo a hidrelétrica de Paulo Afonso apresenta a melhor relação entre área inundada e potência final devido ao seu acentuado desnível de relevo.


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