terça-feira, 31 de julho de 2012

Projeto Baile Perfumado

       Esse trabalho teve como objetivo o conhecimento de diversos assuntos que envolvem o Nordeste. Foi baseado na viagem que tinha como percusso Paulo Afonso, Xingó, Piranhas, passando pelos estados da Bahia, Sergipe e Alagoas.

       E para você que pensa que o Nordeste só tem praia, está muito enganado! Além das belezas naturais, há gigantescas obras criadas pelo homem, para gerar energia: as usinas hidrelétricas. Nesse contexto, o homem ainda surpreende ao estudar o seu passado através de fósseis, datando-os por meio da química e expondo-os no MAX(Museu Arqueológico de Xingó).
       Ainda assim, existem histórias fantásticas que perduram por muitos anos, como a de Delmiro Gouveia e a do Cangaço, e vegetações exuberantes que encantam e embelezam o Nordeste.

       Nesse blog você encontrará muitas informações que abrangem a história, a química, a geografia, a física e a biologia.

       Venha conhecer um mundo novo dentro do nosso grande Nordeste e desfrute de todos os conhecimentos a respeito desse!
       
        Seja bem vindo ao blog Projeto Baile perfumado!

Grupo composto por : Luana Souza, Caio Alves, Larissa Rios, Nadine Marques e Kananda Crys
2º ano B

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Delmiro Gouveia


Delmiro Gouveia foi uma das três principais figuras do Nordeste


Delmiro Gouveia, entre Padre Cícero e Lampião(1)

       Delmiro Gouveia nasceu em Ipu, Alagoas, em 1863. Aos 15 anos ficou órfão e teve que trabalhar para se sustentar. Semi-analfabeto, começou a vender bilhetes no trem. Ao testemunhar as idas e vindas das riquezas provindas das exportações e importações, resolveu arriscar-se em novos negócios.
       Então, começou a comprar e vender peles e couros de animais, produtos esse que tinham grande preço no mercado internacional, principalmente nos Estados Unidos e na Europa. Nesse contexto, aos 25 anos ingressou na empresa americana Keen & Co, porém essa não ia muito bem financeiramente, com isso Delmiro convenceu os proprietários de que era o homem certo para conduzir os negócios no Nordeste.
       Depois de dois anos nessa administração, ele já era dono de sua própria empresa; A casa Levy & Delmiro e depois proprietário da Delmiro & Cia, consagrando-o como “o Rei das peles” e enriquecendo com esse comércio.
      Nesse aspecto, Delmiro teve grande importância no Brasil, incentivando o nacionalismo, a partir da criação de empresas brasileiras, que utilizavam grandes contingentes de mão-de-obra local e matéria-prima da região. Isso fez com que os preços do produto final abaixassem e que saíssem à frente das empresas estrangeiras. De uma de suas viagens a Chicago, surgiu a ideia de intalar no Brasil o que foi considerado o pimeiro shopping center nacional. O Mercado Derby era um conjunto de 264 lojinhas e foi bastante visitado.




   
Mercado Derby(2)


      Sua ascensão incomodava concorrente por ele vender mercadorias com preços mais acessíveis e perturbava também a elite pernambucana que não gostava do poderio que ele tinha adquirido em tão pouco tempo sem nem ter “sangue azul”.
      Delmiro sofreu muitas tentativas de homicídio e o shopping foi incendiado, quase falido refugiou-se na Europa. Depois disso, retornou ao Brasil, e recomeçou em Alagoas o comércio de couros, depois de dois anos já mostrava sinais de riqueza. Com isso, planejou através de viagens a Europa, construir uma hidrelétrica no Brasil, no Salto de Angiquinhos, no lado alagoano do Rio São Francisco, primeiramente para mover máquinas de sua fábrica de fios, da marca Estrela, em Pedra. Sua fábrica recrutou nordestinos de todo sertão, salvando-os da seca e do desemprego.
  

Hidrelétrica de Angiquinhos.(3)

        Essa fábrica foi crescendo ao longo dos anos e permitiu o desenvolvimento de uma cidade inteira: Pedra. Delmiro proporcionou a uma região estéril, uma fertilidade jamais vista no sertão. Veja alguns melhoramentos: 


“Pedra dispunha da melhor luz elétrica do Brasil, de uma vila operária, água encanada em todo o perímetro urbano, fábrica de gelo, jardins, telégrafo, telefone, banda de música, cinema, tipografia, escolas para crianças e adultos. Nas calçadas, nas tardes de domingo, as moças sentavam-se em cadeiras austríacas. À noite, havia retreta, carrossel, cinema e dança. No último domingo do mês, nos bailes do cassino, davam-se prêmios de 20 mil réis à jovem mais elegante em traje de luxo e à mais elegante em traje simples. As sete ruas da cidade conheceram os primeiros automóveis do sertão. E também o primeiro equipamento para tratamento de esgoto, que era encanado. Delmiro montou uma das primeiras creches para funcionários de que se tem notícia no Brasil, além do regime de trabalho de oito horas.”
(http://www.radiodelmiro.com.br/institucional/delmiro/historia.asp)

      Em pouco tempo, a marca Estrela dos produtos de Delmiro dominava o mercado latino americano, ajudado pela Primeira Guerra Mundial, que impedia o deslocamento de produtos europeus para a região. Sua fábrica era tão lucrativa que ingleses da Machine Cottons tentaram comprá-la sem sucesso.
No dia 10 de outubro de 1917, Delmiro foi morto com três tiros no chalé em que vivia. Sua morte ainda é um mistério, mas há hipóteses de que foram um de seus inimigos, os oligarcas ou os concorrentes comerciais. Anos depois, as máquinas foram lançadas no Rio São Francisco pelos concorrentes, sinalizando o fim da grande fábrica.
      Delmiro ficou na lembrança como um incentivador do trabalho, homem que sonhava com um nordeste de dentes tratados, a barriga forrada e que seria pobre, mas decente. Esse mesmo homem que fundou a primeira hidrelétrica brasileira morreu de uma forma irônica, pois graças a luz elétrica foi possível a emboscada noturna, o que não ocorria até então.

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domingo, 29 de julho de 2012

Hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso

Usina hidrelétrica de Paulo Afonso(1)

Usina Hidrelétrica de Xingó(2)

Quadro comparativo entre as duas hidrelétricas

Fontes das fotos:
(1)- http://www.altus.com.br/site_ptbr/images/site/integracao/energia_eletrica/CHESF.jpg
(2)- http://www.sbbengenharia.com.br/links/manuais/imagens/xingo.jpg

Como se faz a datação de fósseis?

Fóssil no MAX(Museu de Arqueológia de Xingó) (1)


       Para fazer-se a datação de um fóssil é utilizado o carbono 14, assim, quanto menos carbo no 14 for encontrado nesse, mais antigo ele é.
       O Carbono 14 é um isótopo radioativo formado por bombardeios cósmicos, dos quais são liberados nêutrons que aderem ao átomo, alterando o seu número de massa, assim o C-14 tem dois nêutrons a mais que o isótopo estável de carbono: o C-12. Esse radioisótopo é formado nas camadas superior da atmosfera.
      O carbono 14 liga-se ao oxigênio formado dióxido de carbono, esse é absorvido no processo de fotossíntese e repassado para os animais e humanos na forma de alimentação, ou seja, de uma forma ou de outra, todo o ser vivo possui esse isótopo em sua composição.
     Assim, quando um ser vivo morre, o carbono 14 para de ser absorvido nesse e depois começa a se desintegrar em carbono 12, sendo possível através de cálculos a determinação da idade do fóssil. Por exemplo, em um fóssil de 11.480 anos, é encontrado somente ¼ da quantidade habitual de C14. Já em um fóssil de 22.960 anos deve-se encontrar 1/8 da quantidade normal do radioisótopo.




Gráfico: Teor de Carbono-14 x Tempo (2)


Veja um relato detalhado de como ocorre essa datação:

“A técnica convencional de datação por radiocarbono é baseada na medição da proporção de partículas beta irradiadas numa amostra. O material para datar é previamente convertido num gás ou numa solução líquida e em seguida é colocado num contador de radiatividade para se medir a proporção de alteração. É impossível medir toda a radiatividade numa amostra com esta técnica, sendo o processo de medida dividido entre 5 a 10 fases, onde, em cada uma delas a medição de radiação beta é feita durante 100 minutos, isto permite o calculo da média da taxa de emissão radioativa que é depois comparada com um valor standart contemporâneo para determinar a idade da amostra. O carbono-14, numa amostra atual, emite partículas beta a uma taxa de aproximadamente 15/minuto/gm.”
(http://www.unifia.edu.br/projetorevista/edicoesanteriores/Marco11/artigos/gestao/gestao_foco_Carbono14.pdf)

      Porém, essa forma de datação não é totalmente confiável. Um dos tópicos é que os acontecimentos recentes, desde os testes da bomba atômica nos anos 50, vêm influenciando na diminuição da força do campo magnético, fazendo com que o carbono 14 possa penetrar com mais intensidade nos corpos, modificando assim a idade pressuposta dos fósseis. Um exemplo curioso foi um teste feito com carbono 14 em um caracol vivo e para surpresa de todos, o mesmo acusou uma idade de 27 mil anos a esse ser. (Science, Volume 224-1984, páginas 58-61)
Contudo, mesmo com alguns erros, esse é o método mais indicado na datação de fósseis e ajudou na identificação da idade de muitos desses no Museu Arqueológico de Xingó, que contém 240 esqueletos humanos.



Peças do MAX (3)



Fontes das fotos: 
(1)- http://images.ezerberus.multiply.com/image/2/photos/361/500x500/29/29.JPG?et=hHOZ%2BOdvX5EGGYgto4i%2CHA
(2)- http://quimicasemsegredos.com/images/Teoria/radio/radio9.jpg
(3)- http://multiply.com/mu/ezerberus/image/8/photos/361/800x800/25/25.JPG?et=dBcArWn3EwBbSx%2CJ%2BYpjcg&nmid=66215798


Impactos ambientais gerados pelas hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso

Hidrelétrica de Xingó


       As hidrelétricas de Xingó e Paulo Afonso são importantes, pois têm uma grande participação no abastecimento de energia para a região Nordeste. Porém como quaisquer hidrelétricas geram diversos problemas ambientais na área em que estão situadas, como devastação da flora nativa e extinção de espécies da fauna.
       Para a construção de uma hidrelétrica é necessária a limpeza da área ao redor da represa, destruindo as matas ciliares, habitats de animais e retirando a população ribeirinha que perde sua moradia. Além disso, podem ocorrer alterações na temperatura da água devido à geração de energia e muitos peixes podem não se adaptar. Há ainda o aparecimento de espécies de peixes, desviadas de outras regiões para a da usina, que vão competir com os peixes próprios da área da hidrelétrica por muitas vezes extinguindo tais peixes ou alterando na cadeia alimentar.
   Um exemplo desse fato ocorreu em Alagoas onde várias espécies de peixe estão desaparecendo como: pirá, surubim, niquim e outras que já não existem. O rio está sendo invadido pelo tucunaré, peixe nativo da Região Amazônica espécie carnívora que se alimenta, até, dos próprios filhotes, dotado de uma grande capacidade de reprodução, predador por natureza que está aniquilando com as várias espécies de peixes nativas da região. “Sua presença, no São Francisco, mudou até a culinária típica da região do sertão. Em decorrência, em Piranhas/AL, o surubim e o pitu, naturais da região, viraram raridade, enquanto os pratos servidos com o Tucunaré são oferecidos para todos os gostos. (Gazeta de Alagoas: 2000)”
    Assim também, as hidrelétricas provocam a redução da vazão das águas dos rios e prejudicam principalmente as regiões que têm menor índice pluviométrico, já que diminui a regularidade das chuvas. Essas usinas causam grande estrago em áreas que são planas por provocar um alagamento muito maior, contudo a hidrelétrica de Paulo Afonso apresenta a melhor relação entre área inundada e potência final devido ao seu acentuado desnível de relevo.


sábado, 28 de julho de 2012

Barriguda





Nome popular: Barriguda, Paineira-branca, conhecida como “Noiva da mata”

Nome Científico: Chorisia glaziovii

Reino: Plantae

Filo: Anthophyta

Classe: Magnoliopsida

Classificação Morfofisiológicas:A altura da árvore quando adulta varia de 10-15 m, com copa larga e muito ramificada que projeta boa sombra quando provida de folhas. O tronco pode passar de 1 m de diâmetro, intumescido a meia altura e revestido por acúleos negros de formato cônico, medindo em média 5 cm. Seu fruto é uma cápsula elipsóide, conhecida popularmente por paina. Durante o inverno perde totalmente a folhagem, dando lugar a exuberante florescimento, onde flores brancas conferem à árvore beleza ímpar. Internamente as sementes são revestidas por uma fibra conhecida por lã-de-barriguda, outrora muito utilizada no enchimento de travesseiros e colchões.

Utilidades: Árvore ornamental de tronco bojudo com flores brancas. Excelente para plantios heterogêneos em recomposição de áreas degradadas, devido ao seu rápido crescimento. Seus frutos são apreciados por periquitos e maritacas que consomem a semente e a casca dos frutos, mesmo quando imaturos.


Links relacionadoshttp://www.treknature.com/gallery/photo66280.htm
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Angico

Nome popular: Angico-do-cerrado, angico-do-campo, arapiraca, curupaí, pau-de-boaz

Nome científico: Anadenanthera falcata

Classificação Taxonômica:

Reino: Plantae

Filo: Anthophyta

Classe: Magnolopsida

Características: Espécie pioneira pode atingir alturas de 8 a 16 m de altura, com tronco revestido por grossa casca suberosa, de 30-50 cm de diâmetro. Os frutos são secos e de cor marrom. Chama a atenção o tronco com casca fissurada e gretada, formando muitas vezes vistosos espinhos.

Utilidades: Sua madeira é própria para construção civil, como vigas, caibros, tábuas para assoalhos, dormentes e para uso em carpintaria e marcenaria. Por ser uma árvore com características ornamentais é muito usada no paisagismo em geral. Sua casca também é aproveitada para curtir couro.


Links relacionados: http://www.florestasnativas.com.br/ANGICO-DO-CERRADO
http://protegeconsultoria.blogspot.com.br/2011/09/angico-do-cerrado.html
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Mangabeira

Nome popular: Mangabeira

Nome científico: Hancornia speciosa.

Regiões de existência: cerrado, caatinga, litoral nordestino, tabuleiros arenosos e chapadas

Classificação taxonômica:

Reino: Plantae

Filo ou Divisão: Magnoliophyta (Angiospermae)

Classe: Magnoliopdida (Dicotiledonae)

Características: Árvore hermafrodita de porte médio (entre 4 a 7 metros de altura), dotada de copa arredondada (4 a 6 metros de diâmetro); tronco tortuoso, bastante ramificado, áspero; ramos lisos, avermelhados; látex branco abundante. Folhas opostas, lanceoladas, simples, pecioladas, glabras nas duas faces, brilhantes, coriáceas, de 7 – 10 cm de comprimento por 3 – 4 cm de largura, coloração avermelhada quando novas e ao caírem. Inflorescência com cerca de 1 a 7 flores perfumadas de cor branca. Fruto baga globosa, glabra, com polpa carnosa e comestível, contendo muitas sementes; pode pesar de 30 a 260 g.

Utilidades: São comestíveis e utilizados na fabricação de sucos, sovertes, doces e bebidas vinosas. A madeira é empregada apenas para caixotaria e para lenha e carvão. Na medicina popular, o chá da folha é usado para cólica menstrual e o decocto da raiz é usado junto com o quiabinho para tratar luxações e hipertensão. A árvore é melífera e ornamental.




Links relacionados: http://www.biojornal.blogger.com.br/mangabeira.jpg


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Licuri





Nome popular: ouricuri; aricuri, licuri.


Nome Cientifico: Syagrus coronata

Classificação taxonômica:

Reino: Plantae

Divisão: Magnoliophyta

Classe: Liliopsida

Regiões: Leste do Rio São Francisco, Bahia, norte de Minas Gerais, Sergipe, Alagoas e sul de Pernambuco, na vegetação da caatinga e matas semidecíduas, bem como na transição com restinga no leste e com o cerrado.

Características morfofisiológicas: É uma angiosperma, xerófila, também chamada de palmeira, com caule classificado como estipe.Mede de 8 m a 11 m, tendo folhas com mais ou menos 3 m de comprimento, pinadas de pecíolo longo com bainha invaginante, e seus folíolos, de coloração verde-escura.É uma planta monóica, sua flor feminina é curta e amarela e a flor masculina é mais longa. O fruto é uma drupa com endosperma abundante, ovóide e carnoso. Os cachos de licuri têm em média 1.357 frutos, que tem comprimento e diâmetros médios de 2,0 cm e 1,4 cm.

Utilidades: Das suas folhas, são confeccionados sacolas, chapéus, vassouras, espanadores, etc. A cera de licuri é utilizada na fabricação de papel carbono, graxa para sapatos, moveis e pintura de automóveis, sendo considerada equivalente a da carnaubeira.
Seus frutos são utilizados na culinária baiana, um exemplo é a cocada de licuri.
O óleo de licuri também é transformado industrialmente para a fabricação de sabão em pó, detergentes, sabão em barra e sabonetes finos. Além disso, do licuri confecciona-se colares, contribuindo para a renda de muitas famílias

Curiosidades: Com isso, o cultivo do licuri, palmeira de grande importância social, conhecida por alguns como “o ouro verde do semi-árido” vem de encontro a tal objetivo, uma vez que pode melhorar a renda e qualidade de vida da população.




Links relacionados: http://www.cca.ufpb.br/lavouraxerofila/pdf/licuri.pdf
Fonte da foto: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhZflfjUw09crCK_a3i7YEIzxMQ-r2tOeU0tO4ncsWrJraiCda2ZxRWIqTS_bMUQwpbXihHvIMB0u_hp1w_BCZ2sMznOqc4Twkow1JPz-GftggKYRrN0JOtCTLvo1Wx6JaeOzq9PBsHV-yj/s1600/Licuri%255B2%255D.jpg

Umbuzeiro


Nome popular:  umbuzeiro, imbuzeiro

Nome científico: Spondias tuberosa

Classificação taxonômica:

Reino: Plantae

Filo: Magnoliophyta

Classe: Magnoliopsida

Regiões de existência: Caatinga, região do Agreste, Cariris Velhos

Morfofisiológicas: O umbuzeiro é uma árvore de pequeno porte em torno de 6m de altura, de tronco curto, esparramada, copa em forma de guarda-chuva com diâmetro de 10 a 15m projetando sombra densa sobre o solo. Suas raízes superficiais exploram 1m de profundidade, possuem um órgão (estrutura) - túbera ou batata. O caule, com casca cor cinza, tem ramos novos lisos e ramos velhos com ritidomas (casca externa morta que se destaca); as folhas são verdes, alternas, compostas, imparipenadas, as flores são brancas, perfumadas, melíficas, agrupadas em panícula de 10-15cm de comprimento. O fruto - umbu ou imbu - é uma drupa, com diâmetro médio 3,0cm, peso entre 10-20 gramas, forma arredondada a ovalada, é constituído por casca (22%), polpa (68%) e caroço (10%).

Utilidades: Suas folhas e frutos são utilizadas como alimento para animais e humanos, sendo que esse último pode ser transforado industrialmente em polpa de fruta, doces, pastas, etc.  A raiz da planta é  túbera, chamada de batata-de-umbu é coméstivel. Também a água dessa batata é utiizada em medicina caseira como vermífugo e antidiarréica.A casca do caule é utilizada como remédio.




Links relacionados: http://www.seagri.ba.gov.br/revista/rev_1198/umbu.htm
Fonte da foto: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHEFzcbmIq-mvGfixK_f-hLHC7tREhwo3X0IrzT2MCe45GxU5wPYY1lQphdHEJzdtzsvVxGHH_6JIu6k5OEyIV5Z3o_QvbZrU1bfDHJ_H5wvVOTTu79CrFKWUQMrtVVKop6lw6NT07q2c/s1600/umbuzeiro.jpg

Aroeira



Nomes populares: Urundeúva, aroeira-do-sertão, aroeira-do-campo, aroeira-da-serra, urindeúva, arindeúva, arendeúva e aroeira-preta.

Nome científico: Astronium urundeuva.

Classificação taxonômica:

Reino: Plantae

Filo: Anthophyta

Classe: Magnoliopsida

Regiões de existência: Ocorre desde o Ceará até o estado do Paraná e Mato Grosso do Sul. É mais frequente no nordeste do país, oeste dos estados da Bahia, Minas Gerais, São Paulo e sul dos estados de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás.

Características morfofisiológicas: Árvore de 5 a 30m de altura. Copa larga. Tronco de até 80cm de diâmetro, casca castanho escuro. Folhas aromáticas, compostas, alternas, imparipinadas (são as que possuem folículos em número ímpar), com cerca de 5cm de comprimento, com 6 a 14 folíolos opostos. Flores femininas amarelas ou verde-claras, dispostas em panículas terminais ou axilares. Flores masculinas purpúreas, dispostas em panículas pendentes. Sépalas persistentes. Frutos tipo dupla redonda, marrom-escuros, apresentando superfície rugosa, de 0,3 a 0,4cm de diâmetro, contendo uma semente. Sementes marrom-escuras, com tegumento membranáceo e desprovidas de endosperma.

Utilidades: A casca é utilizada com fins medicinais, atuando como cicatrizantes e antiinflamatórios. Sua madeira é muito resistente e excelente na construção civil e na confecção de pontes, vigas, esteios, etc.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

História do Cangaço


    
       Entre o final do século XIX e começo do XX, surgiram alguns grupos de homens armados conhecidos como cangaceiros, localizados no nordeste brasileiro. Estes grupos apareceram em função, principalmente, das péssimas condições sociais da região nordestina onde havia muitos latifúndios, que concentravam terra e renda nas mãos dos fazendeiros, chamados "coronéis" e deixava o restante da população nordestina a margem da miséria.
       Os cangaceiros andavam em bandos armados, espalhavam o medo por todo sertão nordestino. Promoviam saques a fazendas, atacavam comboios e chegavam a sequestrar fazendeiros para obtenção de resgates em forma de dinheiro. Aqueles que respeitavam e acatavam as ordens dos cangaceiros não sofriam, e eram muitas vezes ajudados. Esta atitude, fez com que os cangaceiros fossem respeitados e até mesmo admirados por parte da população da época, principalmente as mais pobres. Eles possuíam uma vida nômade, ou seja, indo de uma cidade para outra. Ao chegarem às cidades pediam recursos e ajuda aos moradores locais e os que se recusavam a ajudar o bando, sobrava a violência.




       Os constantes ataques e o não cumprimento das leis levaram as polícias estaduais a criar forças especiais para combatê-los, as chamadas "volantes", comandadas por policiais de carreira, mas formadas por "soldados" temporários. Quanto ao governo federal, seu descaso pelo cangaço foi sempre o mesmo manifestado pela cultura pobre do semiárido de um modo geral. Os cangaceiros usavam roupas e chapéus de couro para protegerem os corpos, durante as fugas, da vegetação cheia de espinhos da caatinga. Além desse recurso da vestimenta, usavam todos os conhecimentos que possuíam sobre o território nordestino (fontes de água, ervas, tipos de solos e vegetação) para fugirem ou obterem esconderijos.  

 

       Existiram diversos bandos desses heróis do sertão, porém, o mais conhecido foi de Virgulino Ferreira da Silva (Lampião) e Maria Bonita.


     
        Em 1938, o governo de Alagoas se empenhou na captura de Lampião. Uma volante comandada por João Bezerra criou uma emboscada para Lampião e seu bando em Sergipe. No dia 28 de julho de 1938 na localidade de Angicos, o maior cangaceiro de todos os tempos finalmente foi apanhado pelas autoridades, que exerceram corretamente a justiça, onde foi morto junto com sua mulher, Maria Bonita e mais nove cangaceiros. Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região.

       Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, mesmo já enfraquecidos, tentarem se reerguer, todavia, foram mortos ou presos pelas volantes. O cangaço terminou oficialmente na década de 40, onde o Brasil passava por muitas transformações econômicas que levaram várias pessoas para as maiores cidades na região sudeste, como São Paulo e Rio de Janeiro.


Desfrute de um pouco da história do cangaço através do cordel:

"[...]

O Nordeste dominado
Por corruptos coronéis
Controlando a economia
Atuando em seus cartéis
Ficando assim definidas
As classes e os seus papéis

O coronel e sua família
Desfrutavam da riqueza
E o povo trabalhador
Mergulhado na pobreza
Concentração de terra e renda
Pense numa safadeza

Mediante este cenário
De extrema desigualdade
O Cangaço ganhou força
Ganhou notoriedade
Foi movimento social
Tentou mudar a realidade

Não tinha ideologia
Nem possuía coesão
Por isso tem gente que pensa
Que cangaceiro é só ladrão
Mas não é bem por aí
Isso é desinformação

Eles promoviam saques
Seqüestravam fazendeiros
Chegavam a algumas cidades
E lá extorquiam dinheiro
Só que isto não resume
A atuação do cangaceiro

Ele era antes de tudo
Um insubordinado
Que colocava em xeque
O poder estipulado
Por isso em muitos lugares
Era bastante admirado

Representante do povo
Contra anos de opressão
O grande latifundiário
Esse sim era o ladrão
Pois tinha toda a riqueza
Concentrada em sua mão

E nesse ambiente hostil
A lei não era utilizada
Imperava a violência
A lei do tiro e da facada
E a população no meio
Entre a cruz e a espada

De um lado os cangaceiros
Do outro estava a Volante
O confronto entre esses dois
Era algo bem constante
Sendo o que houve em Angicos
De todos o mais marcante
[...]"
(http://batedeiraindustrial.blogspot.com.br/2011/11/mais-um-cordel-sobre-o-cangaco.html)


http://educacao.uol.com.br/historia-brasil/cangaco-banditismo-no-sertao-nordestino.jhtm
http://www.brasilescola.com/upload/e/Lampiao.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibAc1fOWXF2MR8YN5G8HCjNiUUzHaNp5ec13GLXgDy-QkOr0te7GySRuTtn862wtJp9IbsLCOFCzKCyPocps91C09Mo8qJQJknHAjOurixnVSB7Dh7HkscuClIk4Pg58k4tm85X6MzdWF5/s1600/Cartazlampiao.jpg
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyXRuJQRDk_6q-xB64QbveeWuTc4qHMYwAKZpQiD2UP6rcCZeJwIV076EiXbiE_N7wDXNNDdmn7rmFv2A2H7gDkiIlhTnYy3V8l-RoTmJUsetUNm6GIH-I5dLRf4VHkLs-9K_pMKVKFSJ-/s400/bando+de+lampi%C3%A3o
http://www.eunapolis.ifba.edu.br/informatica/Sites_Historia_EI_31/cangaco/Site/imagens/b.jpg